Aceitando a Situação
Harry olhou fixamente para o pergaminho diante dele, seus olhos esmeralda percorrendo as palavras que Hermione Granger cuidadosamente anotara sobre feitiços de alteração corporal avançados. A sala de estar de Tony Stark, agora um híbrido entre uma oficina tecnológica e um espaço mágico, estava silenciosa, exceto pelo zumbido de dispositivos de análise holográfica. Tony, sentado ao lado de Harry com um tablet cheio de gráficos complexos, murmurava cálculos sob sua respiração.
— Isso é absolutamente insano — Tony disse finalmente, quebrando o silêncio. — Estou grávido. Grá-vi-do. — Ele separou as sílabas como se dizer em voz alta tornasse a ideia mais real. — Isso desafia todas as leis da biologia, e olha que eu já vi coisas bizarras.
Harry suspirou, apertando a ponte do nariz. — Eu sei que parece impossível. Acredite, até no mundo mágico, isso é... fora do comum. Mas precisamos lidar com isso.
Tony jogou a cabeça para trás e riu, um som meio histérico. — Lidar? Estamos falando sobre um bebê! Um... um bebê que está aqui dentro. — Ele apontou para o próprio abdômen. — Eu sou um gênio, mas nem eu consigo entender isso.
— Eu estou aqui com você, Tony — Harry disse, sua voz firme e reconfortante. — Vamos enfrentar isso juntos. Eu prometo.
Tony virou-se para encarar Harry, sua expressão suavizando-se ligeiramente. — Juntos, hein? Você tem noção de no que está se metendo?
Harry sorriu de lado, o calor de seu olhar genuíno. — Já sobrevivi a Voldemort. Acho que posso lidar com você.
Nos dias que se seguiram, a tensão entre os dois começou a dar lugar a uma camaradagem mais profunda. Harry assumiu um papel de apoio, equilibrando suas tarefas como Auror com a necessidade de ajudar Tony. Ele consultava frequentemente Hermione e outros especialistas mágicos sobre como manter a saúde de Tony, enquanto Tony, por sua vez, mergulhava na criação de dispositivos que monitoravam suas próprias mudanças fisiológicas.
— Eu nunca pensei que um dia estaria projetando um equipamento para... isto — Tony murmurou, segurando um monitor adaptado que emitia leituras mágicas junto com sinais biomédicos.
Harry olhou para ele com um olhar cheio de carinho. — Você já salvou o mundo mais vezes do que consigo contar. Acho que um pequeno desafio doméstico não vai te derrubar.
Tony riu, sacudindo a cabeça. — Desafio doméstico. Você tem um jeito de subestimar o caos.
— Talvez eu esteja subestimando a sua capacidade de enfrentar qualquer coisa.