O Romance Começa
Os dias seguintes foram intensos. A parceria entre Harry e Tony, que a princípio parecia tão improvável quanto unir magia e tecnologia, se mostrava uma força poderosa. Eles investigaram pistas, rastrearam os movimentos de Loki e desvendaram mais sobre a origem do artefato mágico que ameaçava o equilíbrio entre os mundos. Cada descoberta os levava mais perto do perigo, mas também mais perto um do outro.
Naquela manhã ensolarada, Harry estava na mansão Stark, analisando os dados de uma nova leitura mágica do cristal instável, enquanto Tony trabalhava em uma simulação tridimensional. O som suave de teclas e murmúrios preencheu o espaço. Era um ritmo que haviam criado juntos, uma harmonia improvisada que surgia da própria tensão da situação.
— Isso aqui é fascinante — comentou Tony, ajustando o holograma para projetar linhas de energia. — Magia é como... eletricidade temperamental misturada com vontade própria. Como você consegue controlar isso sem acabar eletrocutado?
Harry, sorrindo, empurrou seus óculos para o alto do nariz.
— Com muita prática e alguns acidentes. E você? Como lida com a pressão constante de ser... bem, você mesmo?
Tony deu de ombros, uma sobrancelha arqueada em desafio.
— Eu sou irresistível.
O olhar de Harry brilhou com diversão e um leve calor subiu em sua face. A troca de provocações parecia natural, mas havia algo mais, algo que ambos estavam começando a reconhecer.
A noite chegou com um vento suave, e a atmosfera se tornou mais densa enquanto trabalhavam lado a lado. Quando Tony, exausto, se encostou na bancada e pegou um copo de whisky, ele olhou para Harry com uma expressão que misturava curiosidade e vulnerabilidade.
— Você já pensou em como as pessoas como nós... se permitem ser felizes?
Harry hesitou, a pergunta o atingindo com uma intensidade que ele não esperava.
— Acho que nunca fui muito bom nisso — confessou. — Mas talvez... talvez a felicidade esteja nas pequenas vitórias e nas conexões que encontramos.
Tony se aproximou, deixando o copo na bancada. Seus olhos, cheios de complexidade e uma faísca de algo indomável, buscaram os de Harry.
— Pequenas vitórias... é. Talvez.
Então, o espaço entre eles se dissolveu. O beijo começou hesitante, mas logo se tornou profundo, uma mistura de desejo contido e descoberta. Era um ato que transcendia palavras e conflitos, unindo-os em um momento de vulnerabilidade compartilhada.
Quando se separaram, ambos estavam sem fôlego. Tony sorriu.
— Bom... essa foi uma boa pequena vitória.
Harry riu suavemente, o som quebrando a tensão como o calor de um feitiço bem conjurado.
— Pode ser o começo de muitas.