Capítulo Um;
Capítulo Um;
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Harry Potter, 8 anos, 12h, Rua dos Alfeneiros, número 4, Casa dos Dursley.
Harry ainda estava com aquela sensação ruim, como se algo fosse acontecer, e então um grito de seu tio Vernon o cortou de seus devaneios paranoicos. Suspirando, Harry lentamente saiu de seu armário, era a mesma coisa todo ano, tio Vernon mandava ele fazer algo, batia nele e, quando se sentia misericordioso, ele não tirava nenhuma de suas penas.
A sensação ruim piorou drasticamente, algo lhe dizia para fugir o mais rápido daquela casa e nunca mais voltar, Harry ignorou e foi atender seus tios.
Enquanto preparava o chá e biscoitos da tia Petúnia, Harry começou a pensar. Por mais bizarro ou incrivelmente que seja Harry nasceu com asas, ele não sabe como ou porque, apenas estava lá suas pequenas asas e o estranho sentimento de alegria que havia, mas é claro que seus tios fizeram um grande alvoroço quando viram as pequenas asas de seu sobrinho ao tirar a jaqueta que estava enrolada em si.
Vernon e Petúnia já odiavam magia, quando viram que a criança tinha asas ficaram mais do que enojados, desgosto estava em suas feições no dia. Conforme Harry foi crescendo, muito pouco falando fisicamente, Petúnia prendia suas asas com uma das cintas de Vernon e as escondiam de todos, Vernon arrancava algumas das penas de Harry quando estava muito bravo ou só quando queria ser maldoso.
Seus pensamentos foram interrompidos ao cair de cara no chão, e derramar chá quente em Dudley, por conta de um dos vários brinquedos de seu primo espalhados pela casa que havia acabado de arrumar. Tudo ficou em silêncio, você podia ouvir um alfinete cair, o silêncio sufocante foi cortado por um choro de Dudley e um grito de seus tios.
Harry já sabia que estava morto, porém isso não impediu de sentir medo ao ver seu tio louco de raiva. Vernon começou a berrar com Harry, arrastando o garoto para o centro da sala perto da lareira pelos cabelos.
Os gritos de Vernon caíram em ouvidos surdos, Harry não sabia se era a adrenalina ou o medo, mas tudo o que ele podia ouvir era seu próprio coração batendo em seus ouvidos, seu sangue correndo loucamente em seu pequeno corpo, sua mente em pânico absoluto. Ele sabia o que estava por vir. Vernon a baleia terrestre deu chutes e socos no garoto, gritos de dor e raiva eram ouvidos por toda a casa, – possivelmente até mesmo a vizinhança estava ouvindo, se alguns olhares curiosos fossem uma indicação, apesar da hora tardia–.
Harry viu sua tia olhar-lhe com raiva e um sorriso maníaco visível, ela não o ajudou ou impediu Vernon de pegar um pedaço de ferro da lareira, aquele mesmo que ele sempre usava para mexer no fogo nas noites frias, e se aproximar de Harry, ela estava muito ocupada com Dudley em seu colo.
Ele sentiu seus ossos da perna quebrando com o impacto do metal em seu corpo, seu tio riu de seu grito e pedidos para parar. Então, algo aconteceu, algo que iria assombrar Harry pelo resto da vida. A baleia terrestre colocou o atiçador no fogo esquentando rapidamente, o homem pegou Harry pelos cabelos rapidamente o levando para o armário.
Tudo aconteceu tão rapidamente que Harry nem raciocinou direito, ele apenas viu um borrão vermelho vindo em sua direção e depois dor, muita, muita dor em seu olho direito, parecia que algo quente estava em seu rosto, braço e perna.
A percepção veio muito rapidamente, porém.
Vernon o havia queimado usando o atiçador de lareira.
Mas aparentemente o homem não estava satisfeito, com o olhar de decepção e frustração em seu rosto indica-se algo.
Harry gritou mais alto quanto mais forte seu tio puxou. Ele nem havia entendido direito o que estava acontecendo, até perceber que estava sem camisa, o cinto que prendia suas asas no chão e penas, suas penas, cobriam o chão de seu pequeno armário.
Harry sabia que as mesmas características podiam ser encontradas em travesseiros feitos em casa e belos artesanatos que sua tia pendurava pela casa. Ele podia sentir o sangue escorrendo por suas costas, e sentiu seu corpo dar um puxão forte quando ouviu o tintilar de uma faca sendo removida de seu suporte.
Ele só podia segurar a parede com mais força.
Só a dor estava vindo.
Depois de muitos momentos de dor cegante, Harry fez uma careta de horror ao som ritualístico de membros batendo no chão.
— Pegue isso, garoto. — Seu tio zombou, deixando Harry sozinho.
Harry olhou tristemente para os apêndices manchados de sangue no chão de seu armário de madeira, mas sabia que se não os queimasse esta noite, seu tio só o machucaria mais.
Mas antes de tentar fazer algo ele sentiu a exaustão chegando primeiro, o sono veio tão rapidamente, a única coisa que ele viu foi um par de olhos multicoloridos, com muitas emoções para Harry distinguir. Ele sentiu um par de braços masculinos pegando-lhe e sussurrando algo, Harry caiu no mundo dos sonhos, o reino de Morfeu.
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Afrodite, 12h28, Rua dos Alfeneiros, número 4.
Afrodite só podia assistir, com horror e muita raiva, seu menino sendo machucado por aquele mortal repugnante.
Ela certamente não irá deixar isso assim!
Afrodite lentamente se levanta de seu trono, suas unhas batendo no mármore de seu trono, o som sendo ouvido por todo o salão mortalmente silencioso. Muitos Deuses e Deusas temeram olhar na direção da Deusa do Amor, que irradiava uma fúria silenciosa, sua aparência mudando muito rapidamente, sua triplicidade entrando em conflito.
— Eros… — Sua voz saiu múltiplas, como se tivessem várias Afrodites falando, era definitivamente muito assustador ver a Deusa assim. — Venha comigo. — O dito Deus olha relutantemente para a sua figura materna, lentamente ele segue atrás dela.
— Para onde vamos, mãe? — Sua voz saiu num sussurro baixo, mas com o silêncio sufocante foi ouvido, temendo irritar ainda mais a Deusa.
— Vamos. Fazer. Uma. Visita. — Afrodite fala novamente, a fúria emergindo lentamente a cada pausa em sua frase. Por fim sorrindo maliciosamente, os olhos multicoloridos estreitos sombriamente.
Hécate, Apolo, Hades, Ártemis e Hera se levantaram, suas expressões combinando com as da Deusa mais velha, um calafrio percorreu os espectadores. Afrodite levantou uma sobrancelha em questão, vendo a pergunta não dita, Hera começou a falar.
— Tia. — Ela começou lentamente. — Eu, assim como Hécate, Apolo, Hades e Ártemis, gostaríamos de ir juntos. — Exclamou, imediatamente suspiros surpresos e confusos foram ouvidos, Afrodite tinha um olhar curioso apesar de ainda estar furiosa.
— E porque… Vocês, especialmente você de todos os deuses, Hera, — Afrodite indagou, ela poderia entender Hécate e Apollo, afinal todos os bruxos eram tecnicamente seus filhos honorários e Apollo é o deus da cura. Mas os outros três deuses ela não conseguia entender. — iriam querer ir junto? — Ela cruza os braços sobre os peitos, lábios franzidos e olhos estreitados.
— Bem… — Um sorriso doentiamente doce de Hera fez todos engoliram em seco, eles sabiam o que isso significava. — Apesar de ainda ser contra a traição, eu estou tentando melhorar e… — Se possível seu sorriso ficou mais cruel. — Ainda sou a Deusa da Família, junto com minha irmã Héstia. — Seu sorriso se suavizou ao olhar para a outra Deusa. Está que, apesar de ser pacífica e calma, estava concordando furiosamente de seu lugar. — Também não tolero esse comportamento hediondo numa família! — Hera cuspiu a última parte com nojo descrito ao olhar para a forma volumosa de Vernon subindo as escadas rindo com Petúnia.
Afrodite apenas assentiu, olhando para os outros dois deuses.
— Sinto que ele será importante. — Hades apenas deu de ombros, ainda olhando a forma de Harry sangrando. — Eu vou garantir que eles vão diretamente para o Tártaro. — Ele sorriu ferozmente para Afrodite. Está por sua vez ficou encantada com a ideia, se seu sorriso fosse uma indicação.
— Apesar de ele ser um… garoto — Ártemis quase cuspiu com nojo ao falar "garoto", Apolo e Hermes bufaram. — Eu ainda não acho certo fazer isso com uma criança, independente do gênero. — Ela calmamente arruma suas flechas. — Posso emprestar meus lobos para você, mas só se me deixar caçá-los com minhas caçadoras primeiro. — Afrodite apenas assente animadamente.
— Deixe o garoto decidir antes de fazerem qualquer coisa significativa. — Atena comentou, um olhar dos sete deuses e ela começou a falar novamente. — Seria justo a criança escolher os destinos de seus "tios". — Ela explicou rapidamente, enquanto zombava da última palavra, com murmúrios de acordo dos outros deuses.
Afrodite apenas fez um sinal de mão como se tivesse tirando poeira de suas roupas e sumiu em um raio de luz, sendo seguida pelos outros seis deuses.
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BOOM BOOM BOOM
A Deusa foi para o lado de fora da casa e começa a bater na porta da frente do número 4 da Rua dos Alfeneiros, incrivelmente isso não acorda o jovem Harry em seu armário embaixo da escada de seus sonhos com um homem com uma risada semelhante a um latido e uma jaqueta como a dele.
Eros, Hécate e Apollo já estavam dentro da casa, escondidos num canto escuro da escada. O que provou-se uma tarefa difícil com Apolo literalmente brilhando na escuridão, Hécate por sua vez os encobriu com Névoa, para que os mortais repugnantes não os vissem. Harry estava nos braços de Eros, dormindo pacificamente.
BOOM BOOM BOOM!
As batidas pioram, de alguma forma mais raivosas, ouvem-se os passos pesados de Vernon na escada. Harry mal sequer se mexe, muito confortável dormindo, Eros soltou um bufo divertido ao vê-lo se mexer para ficar mais confortável.
— GAROTO! — Vernon grita. — O QUE EU DISSE SOBRE FAZER BARULHO ENQUANTO PESSOAS DECENTES ESTÃO TENTANDO DORMIR! — Ele grita enquanto os seus passos pesados estão se aproximando do armário de Harry.
BOOM, CRACK, SMASH !
O som da porta da frente sendo arrombada é imediatamente seguido pelos gritos de Vernon.
— QUEM DIABOS SÃO VOCÊS, FORA! DA MINHA CASA! — O homem grande grita quando os sons de suas pisadas mudam de direção.
Se Harry estivesse acordado, ele certamente teria ouvido os sons de passos mais leves que são tão raivosos. Vernon tenta dizer algo, mas é rapidamente interrompido por um som engasgado.
— O menino. — Uma nova voz rosna, alta e feminina. — Onde ele está!? — A voz pergunta, misturada com uma fúria incalculável.
Mas tudo isso responde que eram mais sons sufocados, e então os passos de Petúnia são ouvidos descendo rapidamente as escadas.
— VERNON!? — Petúnia grita, quando um estalo molhado ecoa por toda a casa e tia Petúnia grita de horror.
— Petúnia Evans. — Outra voz feminina diz a voz mais suave, mas não menos zangada, subindo as escadas.
— O menino, filho de sua irmã. Onde. Está. Ele? — Desta vez a voz de um homem foi ouvida, seguindo rapidamente a outra mulher na escada, Petúnia solta um uivo agudo.
— C-como, e-ele disse que f-fomos protegidos d-de sua e-espécie! — Petúnia gagueja com medo.
— Oh, você não encontrará proteção contra nós, Petúnia Evans, agora se você quiser uma oração para sobreviver a esta noite, você vai me responder. — Afrodite rosna.
— O. Garoto. Onde ele está, não vou perguntar de novo! — Há um momento de silêncio antes que Hera rosne novamente e os pés desçam as escadas.
— Ah pequenino… — Diz Hécate olhando para a forma sangrenta de Harry nos braços de Eros.
— Ele virá, Ele virá para o menino, não há onde você possa escondê-lo. — Petúnia fala novamente.
— Então ele encontrará um fim rápido se achar que pode tirar Harry de mim. — Afrodite diz a mulher como uma simples declaração de fato.
— Ao contrário de você, Petúnia Evans. — Hécate declara, retirando a Névoa.
— V-Você disse. — Tia Petúnia diz com medo, mas é cortada pela outra mulher.
— Suas orações não foram atendidas, pelo menos agradeça por poupar seu filho esta noite, pois ao contrário de você, eu não machuco crianças. — Ártemis diz a mulher enquanto sai, o desespero de Petúnia era nítido como água.
— Porém… — Desta vez outra voz masculina foi ouvida, Apolo, enchendo Petúnia de esperança. — Vamos deixar Harry decidir o que fazer com vocês. — Petúnia começa a implorar e chorar, suas orações caindo em ouvidos surdos.
E os sete deuses, o menino e a mulher desapareceram em um clarão de luz.
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Ooooh, Artemis é uma cadela fria quando se trata disso, quebrando o pescoço de Vernon, não para matá-lo, mas para paralisá-lo, e para depois alimentar ele e Petúnia com seus lobos vivos, não sem o consentimento da criança, é claro
Seu irmão gêmeo foi rápido em curar ambos os dois adultos. Com um simples aceno de Hera, ela os enviou para uma das piores salas do Olimpo.